quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Se amor anda por aí, vai nos encontrar...

 ... " E se amor anda por aí, vai nos encontrar "...


A vida é sobre isso. Sobre viver sem pressa. Sobre não atropelar o tempo das coisas. Sobre não correr no imediatismo tentando ser "feliz" ou mascarar uma felicidade a todo custo. Aprender a ter paciência, entender que as coisas boas vão chegar no tempo certo, sem necessidade de nos iludirmos ou inventarmos amores, indo contra nosso próprio coração.

Ouvir nosso coração é sempre o caminho certo. Como diz Osho "Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar". E se não vibrar? Para quê insistir...?! 

Depois que você sente certas coisas na alma, nada mais será igual.

Ontem estava lendo um livro e em uma parte do livro o terapeuta dizia assim: 

"Porque a vida não é minha e nunca passei pelas dificuldades e pelas alegrias da sua situação específica. Então não tenho como demonstrar a intensidade emocional e a compressão que o seu coração precisa para tomar uma decisão. Você poderia pedir opinião de um milhão de pessoas, e o conselho delas não faria diferença alguma, porque a situação é sua, não delas". 

Muitas vezes, na vida, o que precisamos é ouvir nossa voz interior, aquilo que grita dentro de nós. Porque opiniões externas tem aos "balaios", mas ninguém jamais saberá o que há em nossa alma. Ninguém jamais saberá o que sentimos. Ninguém viveu nossos sentimentos, ninguém sabe o que há no nosso coração. 

Não faz sentido tentarmos mostrar aos outros que estamos felizes, ou que estamos bem porque agora temos alguém. Quando na verdade não é isso que define a felicidade. Enquanto não estivermos bem com nós mesmos, enquanto não aceitarmos nossos sentimentos, seguiremos inventando uma "vida" e criando uma falsa sensação de preenchimento e felicidade. Colocando pesos e responsabilidades em pessoas sem saber de fato o que estamos fazendo.

Muita gente foge e corre da dor, tentando preencher lacunas na alma, de uma forma desesperada. Tentando preencher vazios com outras pessoas, como uma falta de coragem de enfrentar nossos próprios confrontos (internos). Usando pessoas como "tapa-buraco" e adiando a necessidade de olhar para dentro e entender a origem do nosso vazio para desenvolver meios próprios de lidar com ele.

É como uma busca por um prazer imediato, um alívio momentâneo, mas que a longo prazo não vão curar nossa angústia. Acreditar que só podemos ser felizes se tivermos alguém, nos faz criar relações superficiais e maquiadas... Que um dia... podem desmoronar. 

Eu fiz muito isso na minha vida e entendo, hoje, que era apenas uma rota de fuga. Enquanto meus vazios não forem preenchidos por mim, eles continuarão me atormentando. E seguirei projetando todas as minhas dores e minhas necessidades em alguém. 

Aprendi que é bonito quando o amor não tenta escolher quem o outro deve ser e aceita quem o outro é. É bonito quando o amor encontra a gente e a gente se encontra com o amor, de uma forma natural e leve, sem buscas incessantes, sem se jogar de cabeça em qualquer 'pessoa' que pareça ser legal, ou fazer seleções em cardápios virtuais. 

E na dúvida, ouça seu coração!
As coisas boas, chegarão, de maneira natural, na hora certa... do jeito certo!

 ... " Se amor anda por aí, vai nos encontrar " (Daza)...


FIM
Carol Brunel













terça-feira, 11 de novembro de 2025

11.11

11/11/2025

Dizem que o 11.11 é espécie de portal, que 11 é um número símbolo da sensibilidade e da conexão. Dizem ainda que é um momento de desacelerar e silenciar os ruídos do mundo, o barulho que consome nossa mente. 

É um momento de transformação profunda, de lembrar que as mudanças mais significativas acontecem de dentro para fora. 

Independente de acreditarmos ou não, penso que a vida sempre é uma oportunidade de transformação. De crescermos, evoluirmos, de mudarmos dentro de nós aquilo que já não serve mais. Que precisamos desacelerar, essa loucura do mundo, essa pressa de ser e de viver coisas que talvez nem estejamos preparados para viver. 

A vida sempre nos dá novas chances, novas oportunidades, novos caminhos para seguir. Mas não se trata de enchermos de gente a nossa volta, ou de colocarmos pessoas aleatórias em nossas vidas. 

Se trata de nós mesmos, de nos conectarmos com nosso ser, de fazermos as pazes com o nosso coração, com a nossa alma... de sentir felicidade até mesmo na solitude, de não depender de ninguém para se sentir vivo, de não precisar de grandes emoções. Poder ver alegria na simplicidade do existir, respirando em paz, deixando toda escuridão no passado.

Temos que parar com essa mania de condicionar felicidade com "ter alguém" a qualquer custo. 

A pessoa certa chega na hora certa; sem pressa, sem precisar forçar encaixes, sem precisar de expectativas, sem essa ideia condicionada de preencher um vazio, um espaço. Sem esse compromisso de nos fazer felizes, quando nós mesmos não somos felizes e carregamos milhares de mágoas. 

Transformar-se é aprender a lidar com as próprias sombras, aceitar que temos sombras, que somos falhos. Mas ainda assim, acreditar na nossa luz e na possibilidade de evoluir. 

Aqui no sul do mundo, faz um dia lindo de sol, de céu azul, de paz. Um dia iluminado... e penso que esse já é um bom motivo para acreditar que é um momento de transformação. Momento de resolver nossos conflitos internos, de colocar para fora tudo aquilo que nos atormenta... e não estou falando de buscar respostas para tudo, de querer sair tirando satisfações com as pessoas.

E sim, de recomeçar com a gente mesmo. Com o coração e a consciência tranquilos. Alguns recomeços, são só nossos, pessoais, únicos... 

Que hoje seja um dia de recomeço e transformação. De paz e de afeto. 

TUDO O QUE FOR PARA SER, SERÁ!


Fim

Carol Brunel







segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Eu me escolho. Me acolho, me respeito!

 Há um momento na vida em que a gente precisa aprender a fechar as portas que insistem em nos ferir. Não por frieza, orgulho ou desinteresse, mas por amor-próprio. 

É quando a gente entende que não dá mais pra permitir que o outro use nossas emoções como campo de guerra, despejando sobre nós as dores que não soube curar em si mesmo.

Tem gente que só se sente viva quando faz o outro se sentir pequeno. Gente que precisa diminuir para se sentir maior, que só encontra alívio quando transfere a própria amargura. 

E a verdade é que, se a gente não aprende a colocar limites, acaba sendo atingido por balas que não eram nem nossas.

Ser forte, às vezes, é simplesmente escolher não responder. É se retirar antes que o coração sangre de novo. É olhar e dizer: “não é sobre mim, é sobre você”, e virar as costas com a serenidade de quem já entendeu que o amor não precisa ser provado em meio ao caos.

Afaste-se de quem te suga, de quem te culpa por sentir, de quem não enxerga nada além do próprio reflexo. Há pessoas que vivem tentando “colocar tudo em pratos limpos”, mas, na verdade, estão apenas tentando encontrar culpados para o vazio que carregam. 

Não é seu papel carregar esse peso.

Proteger-se não é egoísmo. É maturidade emocional. É entender que paz também é afeto. Que silêncio também é resposta. 

Que não permitir ser ferido de novo é uma forma bonita de dizer: 

“Eu me escolho. Me acolho, me respeito"

FIM
Carol Brunel

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Geração "Fast Food"

Deixar para trás tudo aquilo que pesa a vida da gente. 

Colocar em um lugar de esquecimento... todas as coisas, acontecimentos, feridas, mágoas e todas as pessoas que nos machucaram. 

Mesmo quando somos ofendidos, injuriados ou temos nossa dignidade afetada com palavras desdenhosas, ainda assim, podemos seguir em frente, de cabeça erguida. 

Nós conhecemos quem somos, nós sabemos das guerras internas que lutamos. Sabemos das dores que carregamos na alma, das batalhas que precisamos enfrentar para chegar onde chegamos. Quem não caminhou nossos passos, não sabe o quanto foi difícil chegar até aqui. Quem não vestiu nossos sapatos, não sabe quantos tropeços, traumas, dores, medos... enfrentamos. 

Quem não tem coerência, bom senso e vive no imediatismo, nunca seria capaz de ter compreensão e respeito pelo processo do outro, nunca seria capaz de ajudar com paciência e carinho, jamais seria capaz de estender a mão sem cobrar algo.     

E uma certeza eu tenho, não precisamos preencher vazios enfiando pessoas aleatoriamente na vida da gente. Sem critério, na pressa e na ilusão de uma conversa. Tapar buracos, empurrando alguém de qualquer jeito para dentro do nosso universo. Como se a aquela pessoa fosse nos salvar de dores que nós mesmos temos que curar. Como se alguém fosse responsável por uma felicidade, que nós mesmos precisamos nos dar. 

Ninguém é capaz de preencher nossos vazios. Ninguém é responsável pela nossa felicidade. Ninguém vai nos dar o amor que nós mesmos não dos damos.

Jamais seremos felizes pulando de um amor para outro, como se o amor fosse algo volátil, descartável.
Mas nessa era virtual e desajustada que vivemos, onde tudo virou uma grande ilusão, onde a internet criou personagens, temos cada vez mais... amores descartáveis. 

Como diz um psicanalista que assisti outro dia: na geração de hoje relacionamento virou "fast food". As pessoas trocam de "amor"... como trocam de roupa. Às vezes, escolhem alguém em uma lista aleatória, como se fosse um cardápio: "eu gosto mais desse prato aqui"...

...e colocam essa pessoa dentro da vida delas, achando que aquilo vai suprir um vazio que no fundo não será preenchido. Colocam toda uma responsabilidade (em alguém) de fazê-las feliz. Colocam todas suas expectativas naquele prato, como se aquilo fosse curar algo, que não é responsabilidade da pessoa. 

E se enjoar da comida? Partiu pedir outra opção no "delivery" virtual. 

Por experiência própria, sei que isso é um grande erro. Quantas vezes eu sai atropelando tudo. Não esperei o tempo, não esperei o coração respirar, a alma ficar curada ... e apenas fui me metendo em outro lugar. Pulando de um galho para outro, na pressa de ser, na pressa de sentir, na ansiedade de ser feliz, achando que alguém iria tapar meu vazio, curar minhas feridas. 

Grande ilusão! Esse é o pior caminho para felicidade. O VAZIO VAI CONTINUAR.

Mas quem sou para ensinar né?! Não mais do que uma mera HUMANA, cheia de defeitos e falhas. Carregando minhas feridas, curando minhas dores, vivendo minhas lutas. 

O que mais importa é seguir em frente, de cabeça erguida, com o coração em paz, com leveza na alma. Permitir que a vida, pouco a pouco faça sua arte, sua parte, seu trabalho. Viver o processo.

Seguir fazendo coisas que nos dão prazer. Seguir abraçando a simplicidade da vida. Seguir vendo beleza nos pequenos detalhes, nos pequenos momentos. Seguir abraçando a si mesmo, curtindo a própria companhia, vivendo sem pressa... pois o imediatismo, atropela!

E quanto aos outros? Que pensem o que quiserem. 

Afinal, como diz Leandro Karnal 

"A ofensa pessoal é uma necessidade daquele que agride. Nasce de uma dor daquela pessoa, surge de uma inveja, é despertada por uma ferida interna. Diferente da crítica objetiva, a ofensa pessoal grita que algo está errado com o autor da ofensa. Entenda sempre que aquilo pertence ao agressor e aceite que não lhe envolve. Você será mais feliz deixando cada pessoa imersa no seu próprio universo. Nunca seja o coletor do lixo alheio."


FIM

Carol Brunel




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Injúria: É a ofensa à dignidade ou decoro de alguém, como chamar alguém de "burro", "pobre" ou "inútil".

(ou coisas semelhantes)




quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Save my Soul

Salvando minha alma. 
Salvando meu coração. 

Às vezes, tudo o que a gente precisa é de uma virada de chave. Aquele choque de realidade, onde a gente passa a enxergar com clareza. Aquele balanço que a vida dá e faz a gente perceber lugares, os quais, não pertencemos mais. 

Pessoas que não cabem mais na nossa essência, que não combinam com o nosso universo (interno). 

É tão incrível quando a gente abre os olhos e vê toda a escuridão indo embora, toda aquela dor, toda aquela angústia, toda ansiedade, todo medo...desaparecendo. Quando a gente cai em si e vê que tem coisa muito melhor para viver, para sentir. Que existe um UNIVERSO de possibilidades se abrindo. 

Que o mal que nos desejam, é problema de quem deseja...

Entender isso, é como uma explosão dentro do coração, como se a alma da gente estivesse voltando para nós mesmos. Uma sensação de paz que vai entrando, invadindo, tomando conta de cada pedacinho do nosso corpo. Como uma música boa tocando dentro do peito.

Uma sensação de liberdade, de libertação, de recomeço... de pertencimento!
Um gosto bom de poder respirar em paz, de poder sentir a vida. Que felicidade abrir os olhos e ver tudo aquilo que estava nos ferindo, nos levando para um lugar ruim, transformando a gente em alguém ruim.

É uma delícia a sensação de colocar um ponto final na dor. 
De acordar e ver que já não sente mais nada, nem ódio, nem rancor, nada. 
Acordar e perceber que já não importa mais, que não fere mais, nem toca mais. 

Que bom permitir ver a vida com os outros olhos.
Que bom olhar para o céu e respirar em paz.
PAZ! 
Quem bom salvar a própria alma!





FIM
Carol Brunel

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VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

"Você é uma coitada, você é uma fodida... tenho pena de você... pobre... (etc)"

Nem preciso continuar... para qualquer pessoa com um nível básico de inteligência (ou bom senso) entender que essas afirmações se tratam de duas coisas: ofensas e violência psicológica

Mas o que o outro diz sobre você, geralmente revela mais sobre a pessoa que está falando do que sobre você mesmo, refletindo os próprios sentimentos, medos, desejos e visões de mundo dela (e). 

As críticas destrutivas podem ser um mecanismo de defesa, onde a pessoa projeta sentimentos e impulsos dolorosos nos outros porque não consegue lidar com eles internamente. Então a necessidade de despejar no outro sua raiva, sua ira. Pessoas que não se curam, ferem outras pessoas. 

Normalmente, a forma como alguém se expressa sobre você, seja com elogios ou críticas, mostra o que essa pessoa transborda. Alguém que transborda raiva e ofensas provavelmente está carregado desses sentimentos.

Aquele que não consegue amar a si mesmo acaba vivendo de forma amargurada e cobrando do outro que ocupe um espaço que ele mesmo não conseguiu ocupar. Projetando em pessoas a felicidade, esperando que os outros lhe deem a alegria que não encontra na própria companhia. 

Esses continuarão sendo infelizes enquanto não encontrarem felicidade na 'solitude', na solidão, no prazer da própria companhia. 

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E independente de qualquer situação, que a gente não permita, mais (E NUNCA) que pessoas com esse perfil façam parte da nossa vida. Que entrem em nosso universo, que acessem nossas fragilidades e nossas vulnerabilidades. 

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Não esqueça: violência psicológica é uma forma de abuso. 

"afeta emocionalmente o (a) ofendido (a), prejudicando sua autoestima, sua liberdade e direito de fazer suas próprias escolhas"


FIM!

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Sem medo de ser! .......Por: Carol Brunel

Cada pessoa está em um processo evolutivo. 
Cada pessoa está em uma fase da vida. 
Cada pessoa tem seu despertar, pessoal, único. 
Cada pessoa está enfrentando sua batalha.

Às vezes, a gente demora.... demora para entender algumas coisas dentro de nós. 
Quase sempre é tarde demais. 

Às vezes é o tempo que demora, ou as circunstâncias que nos atrapalham;
Junto dos nossos medos.
Ah! Os medos! Sempre nos paralisando diante daquilo que toca nosso coração.

Até que vem a vida e vira a gente de cabeça para baixo. 
E ali, ao contrário, é que percebemos e descobrimos os reais sentimentos. 
Os sentimentos que tentávamos negar. As fugas que nossa mente faz acontecer. 

E em meio a tempestade. Vem aquele desejo de viver de um jeito diferente.
De abraçar a coragem, de sair da zona de conforto, de abandonar os medos que nos travam.

Vem aquele desejo de ter uma vida real. 
De abandonar as máscaras. De mergulhar por inteiro na vida e viver intensamente. 

Um desejo real de ser feliz, de construir uma vida, de construir um futuro, de dividir, de pertencer. 
Seja lá como for, quando for, onde for. 

É um sentir, intenso, dentro da alma que chegou o momento. 
Que não precisamos mais de um esconderijo.
Que não precisamos mais fugir daquilo que somos e do que sentimentos.

Chegou a hora de despertar. De acontecer. De ser quem se é. 
De abrir as portas, as janelas, os armários, a alma, a vida. 

Sem medo de ser...

Fim
Carol Brunel